Problemas no saneamento básico aumentam hospitalizações no Brasil

21 de outubro de 2021
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O debate sobre tratamento de efluentes e outros mecanismos de proteção ambiental está cada vez mais aliado ao sistema de saúde. Recentemente, um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil mostrou que a falta de saneamento básico no país sobrecarregou o sistema de saúde com 273.403 internações por doenças de veiculação hídrica em 2019, um aumento de 30 mil hospitalizações na comparação com ano anterior, além de 2.734 mortes. 

Os resultados do estudo Saneamento e Doenças de Veiculação Hídrica apontam para uma incidência de internações de 13,01 casos por 10 mil habitantes. Além disso, informa o instituto, a falta de saneamento básico e os consequentes reflexos no sistema de saúde geraram gastos superiores a R$ 100 milhões ao país em 2019. A pesquisa leva em conta os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e do Datasus.

Ainda sobre 2019, o estudo verifica que a falta de acesso ao abastecimento de água tratada e ao esgotamento sanitário levaram a 2.734 mortes, uma média de 7,4 mortes por dia. E, entre as doenças de veiculação hídrica mais comuns entre os pacientes, estão as diarreicas, dengue, leptospirose, esquistossomose e malária.  E não é por menos. De acordo com os dados de 2019, cerca de 35 milhões de pessoas vivem em locais sem acesso à água tratada, mais de 100 milhões de pessoas sem acesso à coleta de esgoto e apenas 49% dos esgotos eram tratados.

A União busca encerrar com o déficit ambiental e de saúde pública por meio do novo Marco Legal do Saneamento, Lei 14.026 de 2020 que estipula o prazo até 2033 para 99% da população ter acesso à água tratada e 90% à coleta dos esgotos. Nos últimos anos, o país avançou. Com a ampliação das áreas de cobertura com água tratada e coleta de esgoto, o índice da população sem os referidos serviços era de 54,6% em 2010. Em 2019, o índice baixou para 45,9%. No mesmo período, houve queda no número de internações de crianças de zero a quatro anos: de 200,6 mil para 81,9 mil.

 

Chorume agrava os problemas

A falta de tratamento de chorume (o líquido resultante da degradação e solubilização do lixo) é outro agravante nos índices do saneamento básico. O acúmulo e a falta de destinação correta podem degradar lençóis freáticos e outros mananciais e depósitos aquíferos subterrâneos, gerando proliferação de doenças de veiculação hídrica nas comunidades. Além disso, a alta concentração de metais pesados, que podem se acumular nas cadeias alimentares por meio da irrigação de plantações, por exemplo, é outro problema gerado pela falta de tratamento do chorume.

O Engenheiro Químico Antônio Mallmann é o responsável técnico da M2K Tecnologia Ambiental. Ele desenvolveu, por meio de estudos em países como o Canadá e a Alemanha, um modelo de estação de tratamento (ETE) de chorume que contempla as seguintes etapas: remoção de amônia, aeração, floculação, decantação, filtração com areia e osmose reversa. Hoje, a empresa realiza o tratamento do chorume gerado no Aterro Sanitário de Lajeado (RS), e também inaugurou uma ETE em Teutônia, com capacidade para tratar 30% do chorume produzido em aterros sanitários do Rio Grande do Sul. 

A ETE da M2K Tecnologia Ambiental devolve água livre de poluente e contaminação para o meio ambiente. O serviço da empresa é garantir aos municípios a correta destinação e tratamento do chorume gerado nos aterros sanitários do Rio Grande do Sul. Além disso, a empresa também é especializada no tratamento de efluentes domésticos e industriais, e, entre os serviços disponibilizados para clientes diversos dos setores público e privado, destaque também para a limpeza de fossa residencial e predial.