Marco Legal do Saneamento garante mais investimentos para o setor

25 de janeiro de 2022
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O Marco Regulatório do Saneamento completou um ano em julho de 2021 e já trouxe benefícios para o setor e para toda a sociedade brasileira, essencialmente ao garantir a entrada de investimentos do setor privado para a melhoria dos serviços nos mais diversos entes públicos. Secretário Nacional de Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Pedro Maranhão, afirmou, em entrevista recente, que a nova legislação é o “maior programa ambiental do mundo”, ao buscar esgoto para 100 milhões de pessoas e com meta de zerar os lixões a céu aberto.

Maranhão avalia os impactos do novo marco legal e faz um balanço das ações do Governo Federal no setor de saneamento em 2021. Para ele, a promulgação do Marco Regulatório do Saneamento foi, sem dúvidas a maior conquista do setor. “Quando investimos em saneamento, salvamos vidas que poderiam se perder em decorrência de doenças originadas da falta de serviços essenciais, como tratamento de água e esgoto, coleta e destinação adequada do lixo. Além disso, ajudamos e melhoramos muito na área ambiental”, resume.

No Brasil, explica ele, cerca de 115 mil quilômetros de rios têm águas comprometidas. “Então quando você entra com ações que vão despoluir essas águas, você está, sim, melhorando o meio ambiente urbano”. Ele também falou sobre as novas oportunidades de negócios. “Acredito que o empresariado entendeu que investir em saneamento é um bom negócio. Há uma taxa de retorno atrativa. Em segundo lugar, as melhorias no setor trazem ganhos ambientais inestimáveis”.

Durante uma viagem para o Mato Grosso, conta ele, uma visita até a cidade de Sinop foi crucial para que ele percebesse os impactos do saneamento básico. “O prefeito me contou que depois que as obras de saneamento começaram em determinada região da cidade, houve redução de 80% da demanda nas Unidades Básicas de Saúde, porque antes dos investimentos era comum a busca por atendimento com queixas ligadas a doenças que estão diretamente relacionadas à falta de esgoto e água tratados, como alergias, gastroenterites, viroses etc.”

M2K garante segurança e sustentabilidade

A M2K Tecnologia Ambiental é especializada no tratamento de efluentes domésticos, industriais e do chorume, o “liquido percolado” produzido em pequenos, médios e grandes aterros sanitários públicos e privados. A empresa tem sede administrativa em Lajeado (RS), onde atua no aterro municipal. Também opera em Teutônia (RS). Por lá, a estação recebe efluentes de outras cidades gaúchas, como São Leopoldo, Santa Maria, Montenegro e Campo Bom, com uma média de 25 metros cúbicos de chorume tratados por hora, ou cerca de 15 mil metros cúbicos por mês.

São sete unidades nos quatro estados de atuação: RS, MG, RJ e MA. Em Minas Gerais, a M2K tecnologia Ambiental atua nas cidades de Juiz de Fora e Leopoldina, atendendo setores públicos e privados, e com estações que tratam em média 14 metros cúbicos de chorume por hora. No Rio de Janeiro, o serviço é prestado nos municípios de Três Rios e Paracambi, com estações capacitadas para tratar uma média de oito metros cúbicos de chorume por hora. Já no Maranhão, a estação localizada na capital São Luíz pode tratar até 30 metros cúbicos por hora.

Engenheiro químico e responsável técnico da empresa, Antônio Carlos Mallmann explica que o modelo aplicado pela M2K Tecnologia Ambiental para o tratamento do chorume é inspirado em tecnologias aplicadas e estudadas por ele na Alemanha e no Canadá. O processo contempla as seguintes etapas: remoção de amônia, aeração, floculação, decantação, filtração com areia e osmose reversa, tratado em bateladas de 25m³, totalizando uma vazão de percolado de 50 a 150m³/dia.